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Dados elaborados pela Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) apontam que, no primeiro trimestre de 2020, foram exportados 32 milhões de pares, que geraram US$ 240,9 milhões. Os números representam quedas tanto em volume (-8,5%) quanto em receita (-9,4%) na comparação com igual período do ano passado. Considerando apenas o mês de março deste ano, foram embarcados ao exterior 8,9 milhões de pares, gerando US$ 74,2 milhões, quedas de 2% em pares e de 11,2% em faturamento em relação ao mesmo mês de 2019.
O presidente-executivo da Abicalçados, Haroldo Ferreira, destaca a crise global decorrente da Covid-19, que reduziu a demanda internacional por bens que não são de subsistência, como é o caso dos calçados. “Sentimos os primeiros reflexos da pandemia em janeiro, visto que países asiáticos e europeus já vinham sendo impactados desde o início do ano. Em março, além do próprio Brasil, nosso principal destino, Estados Unidos, também começou a sofrer com o coronavírus, refletindo na queda do consumo naquele País”, avaliou.
A queda das vendas ao mercado norte-americano, já sentida nos últimos meses, se acentuou em março. No acumulado do trimestre, foram embarcados 2,8 milhões de pares, que geraram US$ 47,4 milhões, quedas de 28,9% e de 12,6%, respectivamente, em relação ao mesmo período de 2019.
Outros destinos
O segundo destino dos calçados brasileiros no trimestre foi a Argentina. O país comprou 2,4 milhões de pares, que somaram US$ 25,6 milhões, incrementos de 35,2% e de 19,1%, respectivamente, ante o ano passado.
O terceiro destino do período foi a França, para onde foram embarcados 2,2 milhões de pares por US$ 15 milhões, quedas tanto em volume (-23,3%) quanto em receita (7,5%) na relação com o mesmo período de 2019.
Estados exportadores
O Rio Grande do Sul foi o principal exportador de calçados do Brasil no trimestre. O Estado embarcou 7,55 milhões de pares, gerando uma receita de US$ 103,4 milhões. Todavia, esses resultados representam quedas de 5,8% em volume e 12,2% em receita ante o mesmo intervalo do ano passado.
O segundo maior exportador do período foi o Ceará, de onde partiram 12,4 milhões de pares por US$ 69,4 milhões, quedas de 12,6% e 11,8%, respectivamente, em comparação com o primeiro trimestre de 2019.
Em terceiro lugar, São Paulo exportou 2 milhões de pares, somando US$ 23,7 milhões. os números representam incremento de 13,4% em volume e queda de 2,6% em receita na relação com o acumulado do mesmo ínterim do ano passado.
Importações
As importações de calçados no Brasil registraram crescimento no mês de março. Entraram no País, 3,7 milhões de pares, pelos quais foram pagos US$ 34,3 milhões, aumentos de 34,1% e de 45,5,8%, respectivamente, ante o mesmo mês de 2019. Reflexo, também, da necessidade chinesa de redistribuir sua produção no mercado externo, tendo em vista a queda da demanda interna. No acumulado do trimestre, a importação foi de 9 milhões de pares por US$ 103,7 milhões, registrando queda de 0,6% em volume e incremento de 10,9% em receita.
As principais origens das importações do trimestre foram Vietnã (3,5 milhões de pares e US$ 60 milhões, incrementos de 26,3% e de 31,5%, respectivamente, ante mesmo período do ano passado), Indonésia (990 mil pares e US$ 16 milhões, quedas de 24,5% e 17,7%, respectivamente) e China (3,7 milhões de pares e US$ 13,7 milhões, queda de 9,2% em volume e aumento de 5,2% em faturamento).
Já em partes de calçados – cabedais, solas, saltos, palmilhas etc – as importações somaram US$ 7,7 milhões , 17,9% menos do que no primeiro trimestre de 2019. As principais origens foram, em ordem, China, Paraguai e Vietnã.
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