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Com mais de cinco mil fábricas que empregam diretamente cerca de 280 mil pessoas em todo o Brasil, o setor calçadista deve crescer mais de 12% em 2021. A estimativa é da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados). O crescimento será impulsionado pelas exportações de calçados, que devem ter incremento de mais de 30% no ano.
O presidente-executivo da Abicalçados, Haroldo Ferreira, avalia que 2021 foi um ano de recuperação gradual, especialmente a partir do segundo semestre. “No ano passado, em função da pandemia de Covid-19, registramos um tombo de mais de 18%, voltando ao patamar produtivo de mais de uma década atrás. A partir de 2021, com o avanço da vacinação, a abertura do comércio físico e a retomada da demanda internacional, passamos a ter uma recuperação”, avalia. Segundo ele, mesmo com o crescimento de mais de 12%, o setor deve encerrar o ano com uma produção 8,4% menor do que a de 2019. A produção de calçados para 2021 está estimada em quase 860 milhões de pares, o que coloca o Brasil na quinta posição entre os maiores produtores do planeta, atrás da China, Índia, Vietnã e Indonésia. Conforme os dados mais atuais elaborados pela Abicalçados, entre janeiro e outubro o setor cresceu 12,7%.
Se o mercado interno patinou na recuperação ao longo do ano, o mesmo não ocorreu com as exportações. Entre janeiro e novembro, conforme a Abicalçados, foram embarcados para o exterior 110,77 milhões de pares, que geraram US$ 805,7 milhões, incrementos tanto em volume (+31%) quanto em receita (+34,6%) na relação com o mesmo período de 2020. O número, em pares, já é 5,6% superior ao do mesmo período de 2019. Projeções da entidade apontam que os embarques devem encerrar o ano com incremento médio de 30% sobre o ano passado, com crescimento de mais de 5% sobre 2019.
Intensivo em mão de obra, o setor calçadista também registrou um incremento de mais de 37 mil postos ao longo do ano. Em outubro, estavam empregadas na atividade mais de 282 mil pessoas, 13% mais do que no mesmo mês do ano passado e 0,6% menos do que em 2019. “A atividade responde muito rapidamente aos estímulos da demanda. Com a recuperação do consumo, tivemos um incremento importante no estoque de empregos. A manutenção da desoneração da folha de pagamentos também teve um papel importante nesse resultado, pois permitiu que as empresas seguissem gerando postos de trabalho sem uma maior oneração tributária”, avalia Ferreira.
Próximo ano
Para 2022, a Abicalçados estima a continuidade da recuperação. A projeção da entidade é um crescimento em torno de 3% na produção, o que ainda deve deixar o setor 6% abaixo dos níveis produtivos da pré-pandemia. Já as exportações devem ter um incremento de mais de 5%, em volume, com resultado 7,5% maior do que em 2019. “A indústria calçadista, como tradicionalmente, deverá crescer mais do que o PIB brasileiro”, conclui o executivo.
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