Cá e lá! Longe ou perto?

Cá e lá! Longe ou perto?

Cá e lá! Longe ou perto?

Tão bom poder contar para as pessoas do meu lugar o que vejo deste lado de cá do oceano. É uma forma de voltar para casa. Também é uma maneira de matar a saudade de tanta gente que deixa esse nosso cantinho do mundo muito mais especial. É um jeito de dar notícias. E é ainda uma forma de conversar um pouquinho por aqui, através dessa coluna. Uma conversa, é claro, com o sotaque português. Uma conversa nossa. É porque tem muito a ser dito sobre Portugal. Tem muito a ser mostrado. Há muito para ser visto. Provado. Tem tanta história. E tem tanto mar. A arquitetura é um convite. O pastel de nata ou o bacalhau, outro. Tudo regado a vinho. Tudo com muito cheiro e gosto de descoberta. E, também, porque há muitos brasileiros aqui. Alguns apenas de passagem. Outros, que viveram mais tempo da vida aqui do que na própria terra natal. Há quem esteja de passagem para fazer um Mestrado ou outro curso qualquer. Há quem vai chegar e logo ir embora, por isso tem pressa em ser turista. Quer fotografar. Conhecer. Precisa experimentar toda essa novidade. Desde um castelo até um show de jazz ao vivo e totalmente de graça em frente ao Tejo, em Lisboa, há muito mais do que podemos imaginar se não cruzarmos o mar para estar aqui. Eu faço esta travessia há dez anos. Desde a primeira vez, me apaixonei por Portugal. Ainda não sei explicar o que aqui conversa tanto comigo. Tenho conhecido pessoas maravilhosas do lado de cá. Tenho aprendido muito. Foi este o lugar escolhido por mim para fazer a minha primeira viagem só. Nela, compreendi que nunca estamos de fato sozinhos. Foi durante esta viagem, também, que reconsiderei muito a minha forma de olhar para a vida. Mas Portugal me presenteou com muito mais. Me deu uma história, na primavera do ano passado, que me rendeu um romance. Logo, encerro esta escrita e a ofereço ao mundo. Cada palavra é consequência de uma imersão na minha própria história. Cada cenário ajudou a encantar ainda mais esta minha possibilidade de ser quem sou. Sou grata a Portugal, com certeza. Mas me sinto muito mais feliz por ter coragem de desbravar. De me permitir atender às minhas necessidades para estar do lado de cá. E, mais do que isso, estou muito contente em poder dividir um pouquinho do que vejo ou sinto nestas terras lusitanas. Você é meu convidado a partir de agora para estar um pouquinho por aqui. Quer me fazer companhia? Pode acreditar, assunto, bom vinho, paisagens belíssimas e muitos outros motivos não vão nos faltar. Espero que a gente se acompanhe e se divirta muito nesta viagem. Com carinho, Carmen.

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