Comércio em Santa Catarina dá sinais de recuperação

Varejo despontou com maior volume de vendas do país

Comércio em Santa Catarina dá sinais de recuperação

Varejo despontou com maior volume de vendas do país

O comércio catarinense começa a apresentar números animadores. Em junho, o varejo ampliado em Santa Catarina despontou com o maior volume de vendas (24,6%) do país na comparação com 2019, diante do recuo de 0,9% na média nacional. A alta foi de 22,2% em relação ao mês de maio, quase o dobro do resultado nacional (12,6%), conforme a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada nesta quarta-feira (12) pelo IBGE.

O varejo restrito em SC teve crescimento de 12,7% na comparação anual e 2,8% na mensal. O comportamento é bastante diferente no cenário nacional: variação de 0,5% no ano e 8% em junho.

Os resultados de junho em Santa Catarina foram puxados por móveis e eletros (33,3%)- considerando que o setor acumulava índices baixos nos últimos anos e passou a mostrar recuperação no final de 2019- supermercados (23,4%) e artigos farmacêuticos (9%), dois setores considerados essenciais e que tiveram suas atividades alteradas durante a pandemia.

Emprego e renda

O mercado de trabalho em SC apresentou saldo positivo em junho, com abertura de 3.721 novos postos, uma variação de 0,18% sobre seu estoque total, a maior da região Sul. Os dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), divulgados pelo Ministério da Economia, sinalizam para uma redução no nível de desligamentos e aumento das admissões.

“O processo de retomada da economia se dará de forma lenta por conta das incertezas do mercado. Mas, a reação já é percebida em alguns segmentos do comércio. Estes são os primeiros sinais de recuperação e a manutenção do emprego e renda é fundamental neste processo”, afirma o presidente da Fecomércio SC, Bruno Breithaupt.

Resultados do 1º semestre

A retomada gradual das atividades a partir de abril ajudou a mitigar os prejuízos do setor, mas os resultados do semestre ainda são negativos (-0,2%). De janeiro a junho, os segmentos de artigo de uso pessoal e doméstico (15,4%) e hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (12,3%) apresentaram a maior variação no volume de vendas em SC. A alta na inflação nestes segmentos refletiu na receita do comércio (4,1%).

O varejo nacional fechou o primeiro semestre com queda de 3,1% nas vendas frente a 2019, a maior desde o segundo semestre de 2016 (- 5,6%).

Conforme dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o setor amargou prejuízo acumulado de  R$ 279 bilhões entre 15 de março e 25 de julho no país. Santa Catarina está entre os cinco estados com maior impacto na receita, com perda acumulada de R$ 18,09 bilhões. O peso no caixa foi substancialmente maior no varejo não essencial: R$ 15,38 bilhões, que representa 85,1% das perdas totais.

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