NegóciosAgronegócio

Epagri pesquisa cebola sadia: bom para o agricultor e para o consumidor

Epagri pesquisa cebola sadia: bom para o agricultor e para o consumidor

A cebola, ainda no campo, sofre com o ataque de diversos patógenos causadores de doenças (bactérias, fungos, nematoides e vírus) e insetos que se tornam pragas, os quais são estudados por uma área da pesquisa denominada como Fitossanidade. Essas doenças e pragas podem ocasionar perdas na qualidade e na quantidade de bulbos produzidos. Diante disso, a Epagri – Estação Experimental de Ituporanga - tem realizado trabalhos de pesquisa visando reduzir as perdas ocasionadas por esses agentes, bem como tornar a produção sustentável econômica e ambientalmente.

Os trabalhos de pesquisa da Epagri ,no manejo fitossanitário da cebola, tiveram início em 1983. Inicialmente foram realizados estudos para se conhecer melhor o inseto conhecido como tripes ou piolho da cebola. Estes estudos começaram em propriedades agrícolas na região de Ituporanga/SC e tinham como objetivo: determinar a época de ocorrência e danos em diferentes cultivares; definir nível de dano econômico; estabelecer estratégias de manejo integrado para controle químico; avaliar a influência da adubação e manejo do solo na incidência do piolho; avaliar a resistência de cultivares ao piolho; e estabelecer manejo em sistemas integrados e orgânicos. No manejo de pragas secundárias foi estabelecida a época de ocorrência e principais métodos de controle.

Além disso, entre os anos de 1989 a 2017, foram realizadas as seguintes ações visando o manejo de doenças da cebola: identificação dos agentes causadores e época de ocorrência;  métodos culturais de manejo de tombamento, míldio, e queima das pontas; controle químico e alternativo do míldio e da queima das pontas da cebola; avaliação de resistência de cultivares a doenças; identificação e manejo de bacterioses pós-colheita; implantação de um sistema de aviso para o risco de ocorrência do míldio da cebola. Também foram realizadas campanhas de alerta para a ocorrência de antracnose (1993) e de nematoides (2009). Além da detecção e identificação de uma virose da cebola no ano de 2017.

Atualmente as pesquisas na área de Fitossanidade estão focadas em: identificação de moléculas comerciais ou alternativas para o manejo das principais doenças e pragas da cultura e racionalização no uso de fungicidas e inseticidas, com o intuito de proporcionar uma produção mais segura e sustentável. Os sistemas de produção para aumentar a segurança alimentar também são pesquisados, como a produção integrada e orgânica.

A racionalização do uso de agrotóxicos na cultura da cebola tem um grande impacto na cadeia produtiva, pois melhora diretamente a renda do agricultor, o qual trabalha na maioria das propriedades em regime familiar. Esta tecnologia apresenta importantes impactos nas áreas social e ambiental pela redução dos riscos de contaminação. Outros segmentos da cadeia produtiva também são afetados positivamente, como os beneficiadores e comerciantes da produção, devido à qualidade comercial superior que o produto final apresenta. Por fim, o consumidor também é favorecido pela maior oferta e qualidade do produto disponibilizado.

A missão principal da Fitossanidade é manejar os problemas fitossanitários decorrentes do ataque de pragas e patógenos. Sendo assim, a Epagri está sempre despendendo esforços para a continuidade e rentabilidade da cadeia produtiva da cebola, aliando tecnologia e conhecimento para uma produção economicamente viável, socialmente justa e ambientalmente correta.

Fonte: Engenheiros Agrônomos, Pesquisadores da EPAGRI, Estação Experimental de Ituporanga: Dr. Edivânio R. Araújo, Dra. Renata Resende, Dr. Paulo A. S. Gonçalves e Dr. Leandro D. Geremias.

Assine nossa Revista

Garanta sua assinatura e receba a revista em casa!