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O que pensam os catarinenses sobre a pandemia de coronavírus e seus impactos
Santa Catarina foi um dos primeiros estados do país a adotar medidas restritivas para evitar a propagação do novo coronavírus. Para compreender os reflexos da nova realidade no comportamento do catarinense, a Fecomércio SC realizou sondagem entre os dias 31 de março e 3 de abril, com 365 consumidores de todas as regiões do Estado.
A pandemia mudou drasticamente a rotina de toda a população. A sondagem apurou diversos aspectos para retratar a percepção do catarinense sobre o momento: acesso às informações, grau do medo/apreensão, cumprimento do isolamento social, comportamento de compras, como vê as ações do governo, entre outros.
Mais de 80% dos respondentes afirmaram estar bem informados sobre a doença. O medo de ser infectado chega a 86,3% do público, com 50,7% afirmando ter “um pouco medo” e 35,6% “muito medo”.
Oito a cada dez afirmaram que estão respeitando as medidas de isolamento social impostas pelo Estado, 69,6% saindo apenas para compras essenciais e 10,4% declararam reclusão total – este público também tem a maior média de idade (46,7 anos). Pelo menos 20% afirmaram que não estão cumprindo o isolamento, 14,5% por atuarem em atividades essenciais.
Medidas do Governo
O levantamento também apurou a avaliação do desempenho do Governo do Estado na pandemia: 60,6% consideram positivo (ótimo e bom) e 13,1% negativo (ruim e péssimo).
Mais de 50% aprovam todas as ações decretadas. Questionados sobre ações pontuais, o percentual variou de 36,2% (Suspensão do campeonato estadual) a 13,2% (Suspensão das atividades e os serviços privados não essenciais).
“ Os dados mostram que a população está consciente da gravidade do vírus, está se cuidando e apoia as medidas até aqui tomadas, mas entende que as atividades não essenciais devem funcionar. Isso deixa claro que SC está preparada para conviver com o vírus, conforme o próprio governo já vem apontando. Da mesma forma que fomos o primeiro Estado a adotar medidas de isolamento, podemos ser também o primeiro a flexibilizar, criando uma nova rotina que atenda todas as recomendações das autoridades sanitárias e epidemiológicas”, avalia o presidente da Fecomércio SC, Bruno Breithaupt.
Compras
Os serviços de entregas e delivery se mostraram uma boa alternativa para os empresários e consumidores. Metade do público recorreu às compras por aplicativos e outras ferramentas.
A grande procura por itens de prevenção deixou alguns estabelecimentos desabastecidos- 73,4% dos consumidores afirmaram que adquiriram álcool em gel, mas apenas 20,5% conseguiram comprar máscaras.
Impactos nas empresas em SC
Sondagem realizada pela Fecomércio SC com 200 empresários aponta que o cenário pela frente será desafiador em Santa Catarina. Entre os dados, chama atenção os possíveis impactos no mercado de trabalho: 85% dos entrevistados estão prevendo ajustes junto aos empregados, desde a possibilidade de redução no quadro de funcionários (55,9%) até medidas mais brandas, como compensação de horas (47,1%) e concessão de férias individuais (44,1%).
Fonte: Fecomercio