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Morar em Macau, na Ásia, é estar em uma grande “Las Vegas asiática”, com todas as luzes e luxúrias inclusas. Lá, cassinos são autorizados a funcionar, você pode falar português, chinês, e guardar patacas em casa. Ou perdê-las na roleta. É o lugar mais rico do mundo, até mais do que o Catar, a Noruega e Singapura. Seu Produto Interno Bruto mais que triplicou desde 2001 até 2018 de acordo com o Fundo Monetário Internacional e, somente entre 2016 e 2017, o crescimento real foi de 13,4%.
Rio do Sul não é Macau. Apesar da semelhança na língua como opção, a única coisa parecida entre a região administrativa especial e Rio do Sul é o percentual de crescimento do PIB, de 13,3%, também entre 2016 e 2017. E aqui não tem cassino e nem se fala chinês, ou, pelo que se sabe, fala-se pouco. Macau passa o dia olhando para os protestos do vizinho Hong Kong, ou tentando entender como a China, fechada e sanguinária até outros tempos, virou um fenômeno de crescimento e tecnologia. Já Rio do Sul, delicia-se com a calmaria de Agronômica e o trânsito gentil de Lontras.
De fato, o PIB rio-sulense subiu 13,3% comparando o desempenho de 2016 com 2017. O resultado foi divulgado pelo IBGE, mostrando que todas as riquezas geradas na cidade passaram de R$ 2,28 bilhões para R$ 2,57 bilhões. A capital do Alto Vale é a 21ª economia de Santa Catarina, subindo uma posição comparada ao ano anterior. No Brasil, a classificação é de número 362, 12 posições a frente do resultado do ano anterior.
O PIB Per Capita da cidade também melhorou. De R$ 33.250,84 em 2016 para R$ 37.165,06 em 2017. Se o PIB é a soma de todos os bens e serviços finais produzidos no período, o rendimento per capita é obtida mediante a divisão do número de habitantes do país. Rio do Sul está na 79ª colocação em Santa Catarina. Neste aspecto, Macau está muito melhor.
Para o secretário de Desenvolvimento Econômico, Paulo Fiamoncini, Rio do Sul sofreu reflexos da crise da economia nacional em 2015 e 2016, com quedas contínuas do PIB de -6,29% e -3,20% respectivamente. Só que logo após, houve sinal de melhora, recuperando espaço perdido. “O número de novos empregos gerados reflete uma melhora, com saldo positivo de 375 novas vagas com carteira assinada. Positivo também foi o saldo de empresas abertas, com cerca de 580 a mais. Isso mostra um esforço de nossos empresários de fazer com que a cidade cresça cada vez mais”.
O prefeito José Thomé também acredita que a economia voltou a melhorar por conta do aspecto nacional, acrescido da iniciativa da cadeia produtiva já existente e de políticas públicas focadas no desenvolvimento. “Iniciamos nosso trabalho já realizando o programa Cidade Empreendedora, junto com o Sebrae/SC, com um conjunto de medidas e ações que visam a melhoria no ambiente de negócios, qualificação, ajustes na legislação e desburocratização. O resultado de 2017 é importante para mostrar como a cidade supera momentos de adversidade”, salienta.