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Um dos primeiros afetados pelas restrições impostas pelo Covid-19, o setor de eventos vive um cenário de incertezas em Santa Catarina, em meio a contratos suspensos, ajustes para manutenção de equipes, negociação com fornecedores e discussão de novos calendários. A Fecomércio SC, em parceria com o Blumenau e Vale Europeu Convention & Visitors Bureau e a Associação Blumenauense de Turismo, Eventos e Cultura (Ablutec), realizou sondagem para apurar os impactos da pandemia nesta cadeia produtiva, que envolve empresas de diferentes segmentos – de serviços de montagem de estruturas a alimentação e logística.
A sondagem online, realizada entre os dias 03 e 13 de abril, traz o perfil das empresas entrevistadas, reflexos no setor, status das negociações com clientes e fornecedores, novas práticas sanitárias, mudanças no comportamento dos consumidores e a perspectiva do setor. Foram entrevistados 28 empresários do setor de organização de eventos com empresas em Santa Catarina ou que atuam no Estado.
Cooperação do setor
A negociação é a tônica do momento. Conforme a sondagem, a maior parte (47%) dos eventos foram remarcados com clientes para o próximo semestre; não tiveram agendamento de nova data (22%); serão realizados assim que for permitido (19%); ou foram marcados para o próximo ano (11%).
“Para evitar o efeito cascata nesse mercado, que trabalha basicamente com prestadores de serviços terceirizados, o empresário deve optar pelo reagendamento do evento quando possível, negociar prazo de pagamento de financiamento, flexibilizar contratos com parceiros e manter o networking ativo. Assim como os outros setores, é hora de repensar os custos fixos, utilizar tecnologia como aliada, como as plataformas para transmissão online, e ter um planejamento financeiro bem estruturado para sobreviver em tempos de recessão”, afirma o presidente da Fecomércio SC, Bruno Breithaupt.
Segundo o presidente do Blumenau e Vale Europeu Convention Bureau, Develon da Rocha, a pesquisa auxiliará a entidade a pensar alternativas para o trade turístico. “Estamos atuando junto às empresas e aos organizadores de eventos, pensando em opções para superar a crise que o setor passa. A realização da pesquisa nos deixa mensurar de forma mais direta como cada um foi afetado”, declara.
Perspectivas incertas
Mais da metade das empresas estão prevendo ajustes no quadro de funcionários, entre demissões/suspensão de contrato de trabalho e concessão de férias individuais, empatados com 24%, compensação de horas (21%), redução de jornada com redução de salário (18%), concessão de férias coletivas (12%) e trabalho remoto (3%).
O comportamento do mercado pós-pandemia ainda é incerto. Para os entrevistados, a tendência é de preferências por eventos locais ou regionais para que o público possa evitar grandes deslocamentos aéreos (26%), evitar a aglomeração de pessoas (23%) e a reavaliação do propósito dos eventos (23%).
Mudança de regras
Foi publicada a MP n° 948, que estabelece novas regras para cancelamento de eventos- incluídos shows e espetáculo-, serviços e reservas dos setores de turismo e cultura. O artigo 2 prevê que o prestador de serviços ou empresa não será obrigado a reembolsar os valores pagos pelo consumidor desde que garantam a remarcação dos eventos, serviços ou reservas cancelados; disponibilizem crédito para uso ou abatimento na compra de outros eventos, serviços ou reservas, disponíveis nas empresas; ou outro acordo a ser formalizado com o consumidor.
Fonte: Fecomercio