Carolina Pavão: uma trajetória visionária na advocacia e no empreendedorismo
Dos mais coloridos até aos mais tradicionais e conservadores, o capacete é a peça xodó dos pilotos e eles têm aproveitado esse espaço para mostrar um pouco da sua personalidade
Com traços dignos de um Portinari ou Van Gogh, e uma paleta de cores à la Tarsila do Amaral, muito pilotos de automobilismo vêm lançando tendência com a personalização de capôs de carros e capacetes. E muito dessa cultura pode ser contada pela história de vida do lendário Sid Mosca, aerografista brasileiro queridinho de personalidades do mundo das corridas como Michael Schumacher, Mika Hakkinen e Emerson Fittipaldi. Foi ele também quem customizou todos os capacetes de Ayrton Senna, que depois serviram de inspiração para Raí Caldato, outro artista das tintas, conquistar o Helmet Challange de Bruno Senna entre 8 mil inscritos. Criando o capacete comemorativo em homenagem aos 50 anos que o tricampeão completaria em 2010.
Atualmente quem perpetua esse legado é Alan Mosca, que herdou do pai todo o talento na criação de layots inovadores e o dom do senso estético. E mesmo depois de mais de 30 anos no mercado, com milhares de trabalhos nas pistas, foi só agora que ele resolveu assinar oficialmente uma obra. E o escolhido foi o capacete do piloto catarinense André Gaidzinski, que irá estrear o equipamento ainda no circuito da Porsche Cup 2019.
A próxima corrida do atleta será em Interlagos, em São Paulo, que volta a receber o principal evento de Gran Turismo da América Latina. Gaidzinski é o único catarinense na disputa da modalidade Sprint, sendo que no ano passado fechou a temporada em sexto lugar geral.
Amigos de longa data, Mosca fez um desenho vintage original, com três gotas superiores e uma faixa nas laterais, com o casamento perfeito entre as cores dourada, preta e azul. Sendo que o trabalho foi finalizado exclusivamente para a corrida, que promete trazer bons resultados para o atleta criciumense, radicado em Florianópolis. Com ótimos resultados até agora, Gaidzinski está entre os Top 11 da temporada, em um dos mais cobiçados campeonato da categoria.
Mas se engana quem pensa que pintar uma peça dessas é um processo rápido e fácil. O processo de customização da família Mosca segue um protocolo digno do preparo de uma jóia exclusiva, e que passa de geração para geração. Cada peça leva aproximadamente 30 dias e envolve quatro etapas fundamentais até a sua conclusão. Confira o passo a passo da arte que garantiu reconhecimento e a preferência internacional para os artistas brasileiros:
1ª BRIEFING: os profissionais coletam todas as informações necessárias para a personalização do equipamento, como: cores, efeitos, logomarcas e inspirações.
2ª ENVIO DA PEÇA: após receber a peça à ser customizada (capacete, carenagem, veículo para restauração, etc), a equipe começa a desenvolver o layout e o preparo para pintura.
3ª LAYOUT: normalmente é pedido um prazo de 10 dias para o desenvolvimento da arte, que será enviada por e-mail para aprovação.
4ª PINTURA: com o ok do cliente em mãos, a última etapa leva em média 20 dias e é o momento onde toda a mágica acontece, nos mínimos detalhes.