Tecnologia

Com nova tecnologia, Unimed Grande Florianópolis diminuiu em 30% faltas em consultas e procedimentos

Com nova tecnologia, Unimed Grande Florianópolis diminuiu em 30% faltas em consultas e procedimentos

Parceria com a startup Nina Tecnologia surgiu por meio do programa de inovação aberta da ACATE

A procura pela transformação digital é uma tendência em negócios de todos os setores — e na saúde não é diferente. Em busca de startups para trazer soluções ao seus desafios de inovação, a Unimed Grande Florianópolis procurou o LinkLab, programa de inovação aberta da Associação Catarinense de Tecnologia (ACATE), que tem objetivo de aproximar startups de médias e grandes empresas. Por meio do programa, ocorreu a conexão com a startup Nina Tecnologia, que desenvolve o sistema de confirmação de presença em consultas e exames para qualquer tipo de estabelecimento com procedimentos agendáveis, padronizando tarefas sem necessidade de intervenção humana.

A diminuição de custos e a aceleração de processos são alguns dos benefícios que a tecnologia pode oferecer às corporates. A ferramenta diminuiu em 30% o volume de faltas em consultas e procedimentos, em comparação com o trabalho manual que antes era realizado por até cinco pessoas. Por meio de mensagem no WhatsApp, SMS, chamada telefônica, e-mail e push notification, a plataforma funciona de forma integrada ao software de gestão da empresa e pode ser customizada de acordo com a preferência do cliente. 

“Nossa expectativa é revolucionar o mercado de agendamento de consultas e procedimentos. Participar da cápsula de inovação no LinkLab São José está nos ajudando nessa missão. Através dela, em quatro meses, estamos contando com serviços de nove startups, tendo um projeto já finalizado, dois em andamento e ainda cinco startups em negociação”, conta Juliano Varnier, Gerente de Tecnologia e Inovação da Unimed Grande Florianópolis.
O objetivo do LinkLab, que já está em operação desde 2017 e, em 2019, atingiu 300% de crescimento em número de unidades e 280% em empresas patrocinadoras conectadas, é facilitar o contato e a conexão entre esses players e favorecer a geração de negócios. O programa utiliza diversos artifícios para atingir este objetivo, como a disponibilização de um espaço colaborativo e compartilhado que as empresas participantes podem frequentar diariamente, além de eventos, workshops, mentorias para auxiliar as startups em seu desenvolvimento e apresentação de pitches para investidores e diretorias das grandes empresas.

“É muito importante para uma startup com pouco tempo de vida ter em seu portfólio de clientes uma empresa do porte da Unimed Grande Florianópolis, isso nos traz credibilidade no mercado e novas oportunidades de negócios no segmento”, conta Roberto Dozol Machado, CEO da Nina Tecnologia, que também atende as sedes da Unimed Litoral e Tubarão.
O LinkLab é um programa que opera em rede, e conta hoje com três unidades — Florianópolis, São José e Joinville — 31 corporates e mais de 45 startups conectadas. Um dado que permite identificar o potencial transformador do programa está relacionado ao PIB interno do LinkLab nas cidades. Em São José, por exemplo, juntando o faturamento anual de todas as corporates conectadas ao programa, o projeto soma mais de R$ 22 bilhões. 

Segundo Silvio Kotujansky, vice-presidente de Mercado da ACATE, o case da Unimed Grande Florianópolis evidencia como um ecossistema organizado, junto a uma metodologia consistente de conexão, planejamento e acompanhamento das relações, pode elevar de forma significativa o grau de inovação no mercado. “Acredito que a estrutura desenvolvida, somada aos modelos de parceria e à experiência dos times do LinkLab e de Transformação Digital das corporates, tem gerado grande impacto no crescimento de ambos negócios”, afirma Kotujansky.

Modos de relacionamento para inovação aberta 

A  inovação aberta dentro do LinkLab pode acontecer através de diversos tipos de projeto, desde uma Venda B2B Direta, na qual a startup já possui uma solução madura o suficiente para oferecer à corporate, até a possibilidade de Co-desenvolvimento, que ocorre quando ambas as partes criam a solução, compartilhando a propriedade intelectual e os custos de desenvolvimento. 

Os relacionamentos mais comuns são: Desenvolvimento e Validação de MVP, quando a startup desenvolve e valida o produto minimamente viável para demonstrar o valor à corporate; Validação de PoC, em que a startup valida o conceito e o modelo de negócio com o público-alvo, incluindo a corporate no processo; Aprimoramento da Solução, a partir de um MVP ou de uma solução elaborada para outro segmento de mercado, a startup desenvolve uma solução para as necessidades específicas da corporate ou seus clientes, e OEM ou White Label, onde a startup fornece uma solução que será integrada pela corporate, de forma explícita (OEM) ou não (white label). Além disso, existe o modo de Parceiro de Tecnologia, por onde a startup incorpora tecnologias da corporate em seu produto; Mentoria; onde as empresas orientam da melhor forma a jornada do empreendedor, e Corporate Venture Capital, quando a startup busca acelerar o seu desenvolvimento com a entrada de um investimento da empresa.

Outra opção é a parceria de vendas que pode ser desde uma indicação, representação comercial ou implementação da solução pela outra parte. Na primeira, a corporate indica clientes e pode receber parte da venda; enquanto por meio de representante, uma parte utiliza o corpo comercial da outra como canal de vendas.

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